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Drive my car: conheça o filme japonês que ganhou o Oscar de melhor filme internacional

O Oscar é reconhecido como a principal premiação do cinema, premiando anualmente os feitos ocorridos dentro da indústria cinematográfica, criando todos os anos uma grande expectativa sobre qual será o próximo filme a levar o prêmio máximo do cinema.

Essa premiação por muitos anos se viu focada apenas no cinema de Hollywood, o principal pólo de produção de filmes norte-americanos, mas a verdade é que o mercado artístico audiovisual é muito maior que isso, sendo cada vez mais reconhecido.

O primeiro o da Academia de Artes Cinematográficas nesse sentido foi com a criação do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, categoria essa renomeada como Filme Internacional, reconhecendo o valor do cinema feito fora dos EUA.

Não como algo exótico e distinto, mas sim como produções a serem vistas com importância, reconhecendo as diferentes tendências culturais presentes nos mais diversos países, da mesma forma com que uma empresa de mudanças pode lidar com diferentes mercados.

Mas além da categoria de filme internacional, é possível também enxergar uma maior reconhecimento acerca dessas produções de aspecto global, com as mesmas cada vez mais sendo indicada a outras categorias dentro da maior premiação de cinema.

O próprio Brasil conseguiu ter algumas produções reconhecidas, como Fernanda Montenegro sendo indicada ao prêmio de melhor atriz por Central do Brasil (2019), e Cidade de Deus (2001) sendo indicado a quatro estatuetas douradas.

Mas o que acontecia apenas de forma eventual, com um histórico bastante fragmentado, tal como uma empresa de entregas a lidar com cargas fracionadas, ou a existir uma mudança acerca do reconhecimento ao cinema internacional.

Essas produções aram a ocupar também outras categorias importantes na premiação. E na edição de 2022 o grande reconhecido foi o japonês Drive My Car, marcando mais uma vitória de destaque para o cinema asiático.

O impacto dessa vitória para o cinema japonês

Um dos propósitos em relação ao prêmio de filme internacional é colocar um holofote em especial em produções feitas por diferentes países, que dificilmente teriam o mesmo tipo de destaque caso ficassem s ao reconhecimento em seus respectivos países.

A globalização do mercado como um todo também vem ajudando com que o cinema internacional esteja ganhando uma recepção maior, já que o o a tais produções torna-se cada vez mais prático com ajuda dos serviços de streaming.

O mesmo tipo de abertura comercial pode fazer com que uma agência voltada aos serviços de assessoria ambiental consiga ampliar o terreno de atuação, ao contar com ferramentas que permitem uma extensão de tal negócio para diferentes mercados.

No caso da premiação de cinema, existe outro fator relacionado a um número maior de reconhecimento sobre as produções estrangeiras, que é o maior número de representatividade entre os votantes, com profissionais de diversos países.

Especificamente na edição de 2022 foi possível encontrar filmes de diferentes mercados sendo reconhecidos em diversas categorias, como uma produção da Dinamarca indicada a melhor animação e documentário, e uma da Noruega como melhor roteiro original.

Mas nenhum chegou a ter o mesmo destaque o japonês Drive My Car, que acabou sendo indicado à quatro prêmios, sendo eles os de Melhor Filme Internacional, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado, mas o grande destaque foi a indicação ao prêmio máximo da noite.

A produção asiática ficou entre os dez filmes principais, a concorrerem ao prêmio de Melhor Filme, que acabou indo parar No Ritmo do Coração (CODA), versão americana de uma produção sa, de certa forma também reconhecendo a força do cinema internacional.

Mas não é como se essa derrota permitisse apenas uma concepção, tal como um reflexo diante de uma chapa lisa, já que somente a presença de Drive My Car já marcava um grande evento para o cinema japonês, mas ele ainda conquistou o prêmio internacional.

Um reconhecimento garantido em cima de outras grandes produções, sendo elas:

  • A Mão de Deus (Itália);
  • A Pior Pessoa do Mundo (Noruega);
  • A Felicidade das Pequenas Coisas (Butão);
  • Flee: Nenhum Lugar Para Chamar de Lar (Dinamarca).

E a vitória de Drive My Car torna-se ainda mais impactante por dar continuidade ao processo de reconhecimento do cinema aisático como um todo, em alta após a vitória do prêmio principal em 2020 pelo sul-coreano Parasita.

Mas da mesma forma com que é necessário fazer uma coleta de solo para análise de qualidade de um terreno, é importante também compreender atentamente sobre o que se trata o filme, para assim entender os motivos pelos quais o mesmo foi reconhecido.

Qual a sinopse de Drive My Car?

O filme acompanha o ator e diretor de teatro Yusuke Kafuku, interpretado pelo japonês Hidetoshi Nishijima. Ele tenta comandar um espetáculo ao mesmo tempo que lida com o luto após o falecimento de sua esposa, mesmo eles tendo tido uma relação conturbada em vida.

A forma escolhida pelo diretor para lembrar suas falas é ouvir o seu texto enquanto dirige, contudo uma regra estabelecida pelo seu novo grupo de teatro exige a presença de um motorista profissional, com uma jovem tendo que assumir a chave do seu carro.

A trama foi indicada à categoria de roteiro adaptado por se tratar de uma adaptação de um conto do autor japonês Haruki Murakami em uma obra que trata sobre o peso de como lidar com a perda de alguém querido, principalmente se existirem assuntos inacabados.

Um filme tocante e reflexivo sobre a vida, trazendo uma visão própria sobre as relações humanas. A obra conta com roteiro e direção de Ryusuke Hamaguchi, um diretor japonês que já vem sendo reconhecido pelo cinema mundial por outras obras.

Sendo um nome interessante de se acompanhar sua filmografia, por mais que seja preciso contar com um filtro industrial inox e um banheiro próximo, já que ele se destaca também por suas produções de alta duração, fugindo em alguns trabalhos da média padrão de duas horas.

O histórico do diretor Ryusuke Hamaguchi

No mesmo ano em que Drive My Car foi lançado nos cinemas, em 2021, outra produção do diretor também chegava às telonas, o drama Roda da Fortuna, que acompanha a vida de três mulheres e como os seus relacionamentos acabam de certa forma se entrelaçando.

Filme esse que que foi reconhecido pelo Berlinale (Festival Internacional de Cinema de Berlim), recebendo do júri o Urso de Prata, grande prêmio do festival, enquanto Drive My Car foi premiado pelo festival de Cannes na categoria de Melhor Roteiro.

Mas a primeira obra do diretor a receber um certo destaque mundial foi Happy Hour: Hora Feliz, de 2015, destacando principalmente por causa de suas extensas cinco de exibição, funcionando quase como uma minissérie, porém de forma contínua.

Voltando aos prêmios de Drive My Car, além do Oscar e do reconhecimento em Cannes, o filme também recebeu o prêmio de filme estrangeiro em celebrações como o Globo de Ouro e o Critic's Choice Awards.

E por mais positivo que seja o reconhecimento, o mesmo não parece ter acontecido durante a noite de celebração do Oscar.

A polêmica envolvendo a vitória de Drive My Car

A noite do Oscar, ocorrida esse ano em 27 de março, foi marcada por situações controversas, com um ime físico envolvendo os atores Chris Rock e Will Smith, mas a premiação também foi criticada pela forma com que tratou seus artistas.

Quando se realiza algum evento voltado à questão ambiental é esperado que exista por parte do público um interesse e respeito acerca do especialista em consultoria ambiental convidado a palestrar nesse espaço.

A mesma atenção que se espera receber quando você recebe um prêmio tão importante como o Oscar, mas não foi isso que recebeu o japonês Ryusuke Hamaguchi. Após receber a estatueta pela categoria de filme internacional, o diretor foi praticamente ignorado.

O seu discurso foi rapidamente interrompido, com a produção subindo o som de fundo enquanto ele ainda agradecia principalmente os distribuidores do filme, que permitiram com que tal história chegasse ao mundo inteiro.

Ele ainda tentou continuar a falar, mas foi novamente interrompido enquanto agradecia aos atores da produção, tendo então que se retirar do palco. Um evento negativo que acabou sendo ofuscado por outras polêmicas ocorridas na maior noite do cinema.

Mas para quem de fato pretende reconhecer o trabalho de Hamaguchi, saiba que Drive My Car já está disponível na plataforma de streaming de filmes de arte MUBI, local onde também é possível encontrar Asako I & II (2018), outra obra do diretor.

Algumas sessões de Drive My Car podem ser encontradas no cinema, após o reconhecimento dele como filme internacional, só é preciso se acostumar com o forro metálico presente no seu cinema, já que a produção tem uma duração de três horas.